Foto: Arquivo Fotográfico do Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa
A poucos dias a comunidade
canguçuense presenciou a demolição de antiga
construção localizada na rua General Câmara, mais precisamente na esquina
da rodoviária. Com certeza já estava
feia, mal cuidada, porta e janelas quebradas, enfim, todas estas coisas
que acontecem quando uma construção está condenada a ir se deteriorando.
Acredito que naquele local será construído um belo e moderno prédio, pelo menos
é o que se espera e na opinião da maioria dos canguçuenses, inclusive a minha, nossa
cidade merece ficar bela e aquela antiga
construção não colaborava em nada para esse efeito...Pois bem, casa demolida, terreno aplainado e eu aqui pensando
no que estou sentido. Onde estarão os tijolos da antiga Usina Municipal? Eles
carregavam a energia de uma época tão singela, quando a vida em “Cangussu” era
tão pacata; com certeza cada tijolo colocado era carregado de esperança no desenvolvimento da
comunidade, vislumbrava as facilidades que estavam a caminho com a tão sonhada
“luz elétrica”. Cada tijolo colocado era uma promessa e uma certeza que tempo
viria ( 85 anos depois ) em que nosso Canguçu celebraria a modernidade e
demoliria, sem cerimônia, o sonho tão
importante de uma época.
Mas vamos revisitar a História...
Em 31 de dezembro de 1933 foi
inaugurada a luz elétrica em Canguçu e
sobre o assunto a Revista dos 200 anos
de Canguçu, na sua página 79, traz
detalhes transcritos do jornal Diário Liberal de Pelotas, datado de 3 de
janeiro de 1934. Diz a matéria que para o evento veio uma caravana da cidade de Pelotas presidida pelo Cel.
Augusto de Assunção como representante do General Flores da Cunha e que após
banquete e homenagens é cortada a fita inaugural da tão sonhada Usina pelo Cel.
Joaquim Assunção e o Prefeito Conrado Ernani Bento, com certeza feliz e cheio
de orgulho, ligava a chave geral trazendo a tão sonhada “Luz Elétrica” a
Canguçu. Ainda está registrado na mesma Revista o valor da instalação da luz
elétrica, com um custo à municipalidade
de 200 contos de réis, tendo seu motor funcionado cerca de 20 anos sem
apresentar grandes problemas. Sabe-se que prestaram seus serviços a Usina
Municipal Antônio Casarin, João Escursione, Fritz Mirch, José Gonzales e
Albério Rick, entre outros. Esta era a famosa luz que desligava a meia noite,
mas esta já é outra história... Até a próxima!!
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