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segunda-feira, 9 de julho de 2018

A sonhada "Luz Elétrica"



Foto: Arquivo Fotográfico do Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa

A poucos dias a comunidade canguçuense presenciou a demolição de antiga  construção localizada na rua General Câmara, mais precisamente na esquina da rodoviária. Com certeza já estava  feia, mal cuidada, porta e janelas quebradas, enfim, todas estas coisas que acontecem quando uma construção está condenada a ir se deteriorando. Acredito que naquele local será construído um belo e moderno prédio, pelo menos é o que se espera e na opinião da maioria dos canguçuenses, inclusive a minha, nossa cidade merece  ficar bela e aquela antiga construção não colaborava em nada para esse efeito...Pois bem,  casa demolida, terreno aplainado e eu aqui pensando no que estou sentido. Onde estarão os tijolos da antiga Usina Municipal? Eles carregavam a energia de uma época tão singela, quando a vida em “Cangussu”  era  tão pacata; com certeza cada tijolo colocado era carregado  de esperança no desenvolvimento da comunidade, vislumbrava as facilidades que estavam a caminho com a tão sonhada “luz elétrica”. Cada tijolo colocado era uma promessa e uma certeza que tempo viria ( 85 anos depois ) em que nosso Canguçu celebraria a modernidade e demoliria, sem cerimônia,  o sonho tão importante de uma época.
Mas vamos revisitar a História...
Em 31 de dezembro de 1933 foi inaugurada a  luz elétrica em Canguçu e sobre o assunto a  Revista dos 200 anos de Canguçu, na sua  página 79, traz detalhes transcritos do jornal Diário Liberal de Pelotas, datado de 3 de janeiro de 1934. Diz a matéria que para o evento  veio uma caravana  da cidade de Pelotas presidida pelo Cel. Augusto de Assunção como representante do General Flores da Cunha e que após banquete e homenagens é cortada a fita inaugural da tão sonhada Usina pelo Cel. Joaquim Assunção e o Prefeito Conrado Ernani Bento, com certeza feliz e cheio de orgulho, ligava a chave geral trazendo a tão sonhada “Luz Elétrica” a Canguçu. Ainda está registrado na mesma Revista o valor da instalação da luz elétrica, com um custo à  municipalidade de 200 contos de réis, tendo seu motor funcionado cerca de 20 anos sem apresentar grandes problemas. Sabe-se que prestaram seus serviços a Usina Municipal Antônio Casarin, João Escursione, Fritz Mirch, José Gonzales e Albério Rick, entre outros. Esta era a famosa luz que desligava a meia noite, mas esta já é outra história... Até a próxima!!
               

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