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domingo, 29 de julho de 2018

Revisitando antigo Carnaval de Inverno




          Neste final de semana tivemos o Carnaval de Inverno em Canguçu. Duas noites de frio intenso e espero que de muita diversão para a turma jovem que frequenta este tipo de evento.
Olhando  fotografias fiquei com saudades dos Carnavais da minha época, quando o clube ficava colorido com tantas fantasias, mas as coisas mudam e não se pode viver de saudades, tudo tem seu  tempo, mas me arrisco a dizer que no meu tempo os carnavais eram sensacionais, tanto no calor do verão como no frio do inverno.

Mas revisitando a história, gostaria de registrar que o primeiro Carnaval de Inverno no Clube Harmonia aconteceu no ano de 1988, ano em que fui Rainha do Carnaval e estava ótimo... " Bons tempos aqueles!"

Nos anos seguintes fizemos grandes Carnavais de Inverno com o nosso Bloco Carnavalesco "Deixa Falar" que por 10 anos animou o salão do Harmonia,  junto com outros tantos blocos que alegravam as noites carnavalescas tanto no inverno como no verão.
Sem dúvida a melhor parte dos carnavais de inverno daquela época eram as olimpíadas de blocos como tarefas interessantes, divertidas e charadas  cuidadosamente elaboradas para serem decifradas. Registro aqui uma das tarefas onde precisávamos caracterizar um dos antigos presidente do clube Harmonia juntamente com alguns componentes do bloco em um ponto turístico da cidade, detalhe, precisávamos fotografar e tínhamos até a noite para entregar a fotografia, como não tínhamos a tecnologia que temos hoje, tivemos que correr para Pelotas para revelar a foto.
Na foto alguns componentes do bloco em frente a Casa de Cultura e o Dr. Danilo Campos sendo representado em sua atividade profissional pela amiga Carla Guerra. Aparecem na foto: Patrícia Bento, Flavia Flores, Carla Guerra, Jane e Márcia Guerra da Cunha, Saul Cunha, Géder e Zuleica Barbosa, Simone Soares, Claudia e Cacilda Bento.
A outra foto mostra um desfile em que o personagem principal era PC Farias, com o mapa do Brasil embaixo do braço, telefonando de um orelhão. Deste desenho tenho uma história bastante interessante para contar, mas fica para outra vez.
             
Por essas e outras tenho saudades do carnaval do “meu tempo” parece sempre que era bem melhor, mais tranquilo, mais saudável, mais divertido, porém, tenho a certeza que os jovens de hoje também um dia dirão: -"No meu tempo era muito melhor! Aquilo sim era carnaval, nós é que sabíamos nos divertir !"





Fotos do carnaval de inverno de 1993 – Arquivo particular







segunda-feira, 9 de julho de 2018

A sonhada "Luz Elétrica"



Foto: Arquivo Fotográfico do Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa

A poucos dias a comunidade canguçuense presenciou a demolição de antiga  construção localizada na rua General Câmara, mais precisamente na esquina da rodoviária. Com certeza já estava  feia, mal cuidada, porta e janelas quebradas, enfim, todas estas coisas que acontecem quando uma construção está condenada a ir se deteriorando. Acredito que naquele local será construído um belo e moderno prédio, pelo menos é o que se espera e na opinião da maioria dos canguçuenses, inclusive a minha, nossa cidade merece  ficar bela e aquela antiga construção não colaborava em nada para esse efeito...Pois bem,  casa demolida, terreno aplainado e eu aqui pensando no que estou sentido. Onde estarão os tijolos da antiga Usina Municipal? Eles carregavam a energia de uma época tão singela, quando a vida em “Cangussu”  era  tão pacata; com certeza cada tijolo colocado era carregado  de esperança no desenvolvimento da comunidade, vislumbrava as facilidades que estavam a caminho com a tão sonhada “luz elétrica”. Cada tijolo colocado era uma promessa e uma certeza que tempo viria ( 85 anos depois ) em que nosso Canguçu celebraria a modernidade e demoliria, sem cerimônia,  o sonho tão importante de uma época.
Mas vamos revisitar a História...
Em 31 de dezembro de 1933 foi inaugurada a  luz elétrica em Canguçu e sobre o assunto a  Revista dos 200 anos de Canguçu, na sua  página 79, traz detalhes transcritos do jornal Diário Liberal de Pelotas, datado de 3 de janeiro de 1934. Diz a matéria que para o evento  veio uma caravana  da cidade de Pelotas presidida pelo Cel. Augusto de Assunção como representante do General Flores da Cunha e que após banquete e homenagens é cortada a fita inaugural da tão sonhada Usina pelo Cel. Joaquim Assunção e o Prefeito Conrado Ernani Bento, com certeza feliz e cheio de orgulho, ligava a chave geral trazendo a tão sonhada “Luz Elétrica” a Canguçu. Ainda está registrado na mesma Revista o valor da instalação da luz elétrica, com um custo à  municipalidade de 200 contos de réis, tendo seu motor funcionado cerca de 20 anos sem apresentar grandes problemas. Sabe-se que prestaram seus serviços a Usina Municipal Antônio Casarin, João Escursione, Fritz Mirch, José Gonzales e Albério Rick, entre outros. Esta era a famosa luz que desligava a meia noite, mas esta já é outra história... Até a próxima!!