Translate

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Nas asas do tempo

Os dias voam nas asas do tempo... Se alegres,são felizes,coloridos, carregados de vida... de música e dança,de gargalhar sem disfarces,sem máscaras...sem nada que pese ou encubra sua luminosidade. Se tristes...Ah!Se tristes são sombrios,iguais,carregados de uma saudade sonolenta que teima em ficar. Os dias voam nas asas do vento,como pássaros sem rumo que batem suas asas para o meio da noite,morrendo em um céu bordado de estrelas,suave e tranquilo como os dias felizes ...ou simplesmente morrendo na noite calada e triste para renascer novamente em mais um dia calado e triste...igual.
ZULEICA REYES
Publicado no Recanto das Letras em 23/04/2006

Sobre a criação do município e fundação da Igreja Matriz

Após concedida a permissão para a construção de uma Igreja no terreno, doado pelos sesmeiros, em vistas de não haver consenso sobre a questão de limites, por ordem do governador ficou estabelecido que, enquanto não se formasse uma irmandade legalmente constituída, o cura com dois homens bons do lugar, administrassem os terrenos, servindo um de escrivão e outro de tesoureiro.
Em 1º de janeiro de 1800, sob a presidência do Revdo. Padre Tourem, foram os estatutos organizados, no qual foi declarado que o terreno pertencia irrevogavelmente a Padroeira de Cangussú, Nossa Senhora da Conceição e que seriam divididos em 2 classes: Uma para fundar a povoação e edificar casas nas ruas marcadas e outra seria dada em aforamento ou arrendamento para cercados, potreiros e outra servidão.
Os terrenos da primeira classe seriam vendidos a patacão ( correspondente a 960 réis ) por braça
(2,2 metros de frente e 20 de fundo) ficando assim sendo propriedade do comprador. Os de segunda classe seriam aforados à razão de 15 réis a braça.
Na mesma data foi inaugurada a pedra angular da atual Matriz. O visitador Padre Pedro Cortez de Toledo assistiu as festividades e nomeou o padre Tourem como cura da capela a qual foi anexada à Matriz de Rio Grande.
Seguiram os trabalhos; com 2.000,00 contos de Réis já coletados e o produto de outras esmolas, foi edificada a igreja e no dia 8 de janeiro de 1804, benta e colocado seu sacrário pelo padre visitador Agostinho Mendes dos Reis.
A Imagem de Nossa Senhora da Conceição é primitiva, mede 40 cm.de altura e é notável execução escultural, não se sabe onde foi adquirida. Diz-se que por volta de 1870 alguns devotos cogitaram em substitui-la por outra muito maior. Estabeleceu-se enérgica concorrência de opinião contrária, sendo que esta permaneceu: Alegava-se que aquela pequena Senhora fora a mesma que batizara, casara e enterrara uma geração de fiéis e que já havia assistido as guerras, dores e alegrias locais.
As imagens de São José e de Nossa Senhora das Dores são doação de um velho casal canguçuense. A do Arcanjo São Miguel é de madeira e muito tosca, foi mandada fazer em 1902 pelo Padre Blondet, por um carpinteiro da Sanga Funda. A pia batismal foi feita e oferecida por Marcelino Tolozan, de Caçapava.
A escritura de doação do terreno, assim como a fundação da casa curato foi confirmada em 1808.O curato foi elevado a freguesia por cara régia de 31 de janeiro de 1812. Tudo isso com autorização de D. João VI.


FONTE: História de Canguçu- Extraído de contos de autoria de J Simões Lopes Neto Arquivo nº 2 - Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa

Na janela


" 69 anos nos separam deste momento cívico".
07.09.1939
O que pensaria a moça na janela?
Quais seriam seus sonhos?
Teria ela realizado algum ou apenas olhou a vida passar observando-a de sua janela?
Não sei definir o que sinto quando vejo imagens assim, tão especialmente bonitas e tão nossas.
Que canguçuense não acharia especial uma fotografia como esta?